sábado, 23 de julho de 2011

Um livro de palavras bonitas

Ela acordou para a vida e percebeu que durante muito tempo foi brinquedo, foi fantoche, foi enfeite, em suma, descobriu que durante muito tempo foi objeto, descartável, para as pessoas, e ela não se importava com isso, ate agora...
Pegando todas as recordações e coisas que faziam lembrar-lhe desses dias em transe ela moldou seu novo ser, cansada de ser livro de autoajuda, cansada de ser lencinho de papel, e de ser apenas aquela que tem as palavras bonitas que deixa os outros bem ela resolveu ser alguém melhor, para ela, a indiferença parecia atrativa, a falta de amor por aqueles que não a valorizavam era bem aceitável...
Tais recordações cercaram-na e sugaram sua essência para as profundezas do desconhecido desprendendo-se de si, desconhecendo-se, perdendo sua identidade e esquecendo quem era e aos poucos perdendo o que a tornava tão especial e tão patética ao mesmo tempo...
Essa sou eu...

domingo, 10 de julho de 2011


É e chega a hora de lembrar, de sentir as lágrimas encherem seus olhos e mancharem a face outrora sorridente, e muitas vezes chega a hora de sofrer com as lembranças ou de se arrepender de algumas coisas…
E chega o momento de lembrar os amores passados, talvez nem tão passados assim, e com certeza não são adormecidos ou esquecidos…
E dada às circunstancias e o tempo passado, talvez seja tarde pra começar a sentir falta… Talvez eu nem possua esse direito de lembrar e me deixar embriagar por nossos momentos, e nem sei se, de fato, as recordações me pertencem para que eu possa retira-las do passado e ficar remoendo como teria sido se eu tivesse lutado um pouquinho mais…
E eu cheguei ao momento de querer voltar o tempo… E vivenciar tudo aquilo, e me prender em cada momento mágico que tivemos e adormecer nesse sonho e não mais acordar… A verdade é… Que eu sinto falta de você e que hoje, mais do que nunca, eu te desejo pra mim. Você é a única coisa que quero e a única que não posso ter.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

                

                 E ela acordou ofegando, as lágrimas caiam-lhe dos olhos manchando sua face, um nó lhe apertava a garganta e ela não fazia ideia do por que… Coçou a cabeça e só então lembrou…
                O tempo estava frio, parecia refletir seu humor, o céu chorava suas tristezas e ela o acompanhava, chorava incessantemente, pois ele havia ido para nunca mais voltar, seu corpo permanecera e ele se tornara um boneco nas mãos do ventríloquo, incapaz de pensar ou falar por si, apenas mais um boneco no meio de tantos. Ela sentira o ‘adeus’ como se fosse arrancado um pedaço de seu ser… Como era difícil aceitar essa distancia essa frieza, essa falta de afeto, talvez com o tempo ele recobrasse a noção lógica das coisas.
                Ela secou suas lágrimas e só então notou, parara de chover…
Com um salto ela despertou, foi tudo um sonho terrível e atormentador, mas apenas um sonho…



Me avise quando for hora de acordar.
 
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