quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Quem é você?

O tempo passou, as coisas mudaram... Só você que não notou!
As coisas mudaram tanto que você nem se reconheço mais...
Eu costumo lembrar da garotinha que você conheceu, aquela que tinha nos olhos a surpresa estampada, que tinha nos lábios o sorriso marcado, que tinha por fala as frases revolucionarias... E parece que faz tanto tempo, uma outra garota, numa outra vida.
Quando alguém te olha e diz 'o que houve com você?' e você diz 'nada' não é que esteja mentindo ou escondendo, é que realmente não sabe o quê houve...Você se perdeu dentro de si e 'tá' tão difícil de encontrar...
E te dizer pra continuar procurando é difícil, é egoísmo mas eu realmente preciso que se encontre... Eu preciso ver refletida no espelho aquela pessoa que costumava se chamar Louise.

Mais um pouco sobre Phillipe e Sophie


Eu tinha um ciúme incontrolável de Soph, ainda tenho, sempre que podia eu ficava observando-a de longe e logo percebi que ela possuía muitos admiradores, mas a realidade me foi imposta no dia de sua festa de 17 anos...

Sophie estava linda é claro, mas parecia não se dar conta do quanto. Ela trajava um vestido lindíssimo, longo e com um decote, um pouco grande em minha opinião, na cor azul o quê realçava ainda mais o tom bronzeado de sua pele. Soph não usava maquiagem e mesmo assim parecia gastar horas se arrumando, tamanha era sua beleza.
Todos os convidados esperavam ansiosos por sua aparição, mas eu adiantei-me e fui vê-la em seu quarto, com a desculpa de entregar-lhe meu presente. Quando abri a porta de seu quarto tive a visão mais perfeita que alguém pode ter, Sophie estava de costas olhando o espelho quando me viu, ali, parado na porta, um sorriso iluminou sua face de anjo e com esse mesmo sorriso me agraciou com um abraço, ela voltara a ser a minha Soph, a criancinha que por vezes eu carreguei no colo.

- Soph, trouxe-lhe meu presente – disse isso a pondo no chão.

- Phill, sabe muitíssimo bem que não precisava se incomodar – ela respondeu-me com os olhinhos brilhando.

Tirei de meu bolsou uma caixinha de veludo vermelho e entreguei-lhe observando sua reação. Sophie arrancou o lacinho delicado que havia sob a caixinha e abriu-a sorrindo, vi lágrimas em seus olhos quando ela contemplou o anel.

Quantas vezes eu sorri quando a vontade de chorar estava me consumindo?
Quantas vezes eu olhei em seus olhos e disse que estava tudo bem?
Quantas vezes eu respirei fundo e repeti a frase tão conhecida 'vai passar'?

Pois é... Eu queria saber com exatidão quantas vezes eu menti, enganei... não a você mas a mim
porque todas as mentiras foram para me fazer acreditar que eu estava bem, que um sorriso poderia expulsar as lágrimas que se eu acreditasse que iria passar... passaria.
É eu aprendi da forma mais dolorosa que não é verdade, e que se não é verdade não adianta eu fingir e mentir... A minha moralidade é tão grande que eu não consigo nem pra mim mesma...
 
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