quinta-feira, 7 de julho de 2011

                

                 E ela acordou ofegando, as lágrimas caiam-lhe dos olhos manchando sua face, um nó lhe apertava a garganta e ela não fazia ideia do por que… Coçou a cabeça e só então lembrou…
                O tempo estava frio, parecia refletir seu humor, o céu chorava suas tristezas e ela o acompanhava, chorava incessantemente, pois ele havia ido para nunca mais voltar, seu corpo permanecera e ele se tornara um boneco nas mãos do ventríloquo, incapaz de pensar ou falar por si, apenas mais um boneco no meio de tantos. Ela sentira o ‘adeus’ como se fosse arrancado um pedaço de seu ser… Como era difícil aceitar essa distancia essa frieza, essa falta de afeto, talvez com o tempo ele recobrasse a noção lógica das coisas.
                Ela secou suas lágrimas e só então notou, parara de chover…
Com um salto ela despertou, foi tudo um sonho terrível e atormentador, mas apenas um sonho…



Me avise quando for hora de acordar.

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